sexta-feira, 29 de abril de 2011

financiamento da casa própria - parte 1

 
Financiar a aquisição de um imóvel exige planejamento financeiro e pessoal. 


10 questões para avaliar antes de dar um grande passo:

     1.  Tenho fonte de renda estável?

 Um financiamento pode durar até 30 anos e você precisa pensar se conseguira honrar esse crédito até lá, seria importante ao menos dispor de 3 a 4 meses da prestação assegurado em caso de perda de emprego ou algum outro imprevisto.

     2.  Quanto consigo economizar por mês?

 Faça o cálculo de quanto você gasta por mês, abata isso de seu rendimento e o que sobrar é o valor máximo da parcela que você pode assumir. Ainda resta uma pergunta: se você estar dispor a destinar todo o excedente a prestação ou investir uma parte? Dúvida resolvida vá em busca de um imóvel com uma parcela adequada. Mas lembre-se os bancos não permitem prestações que comprometam mais do que 30% da sua renda.

      3.  Como minha família é hoje e como será nos próximos anos?

Planeje da melhor forma possível o que pode acontecer durante o tempo de financiamento. Além de faculdade, profissão nova, mudança de emprego, ou compra de carro, filhos também podem entrar nos planos.

      4.  Na negociação com o banco, posso somar minha renda com a de alguém que não seja parente?

Sim, você pode escolher um amigo por exemplo, alguns bancos aceitam até cinco pessoas para compor a renda, independente do grau de parentesco. Mas o imóvel ficará no nome de todos e todos estaram comprometidos com o financiamento.
 
     5.  E se meu nome estiver sujo?

Os bancos não liberam financiamento para quem está com o nome no Serasa ou no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). O banco também analisa o histórico do cliente e vê se ele cumpre os compromissos financeiros que assume.
 
     6.  Se moro de aluguel e pretendo investir em um imóvel na planta, consigo banca as duas despesas até me mudar?

Comprar imóveis na planta é mais barato do que após o termino da obra, porém, os empreendimentos demoram cerca de três anos para ficar prontos. Então quem mora de aluguel vai ter que pagar locação mais a prestação por todo esse tempo. Se quiser arriscar, saiba que é comum ainda haver atrasos na entrega do imóvel e atente para outro alerta. O valor do imóvel é corrigido mês a mês pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) ou pelo Custo Unitário Básico de Construção (CUB).

      7.  Tenho condições de dar uma entrada significativa? 

Quanto mais alta a entrada, menores a dívida e o prazo do financiamento. O saldo devedor e os gastos futuros com juros também caem. Mas além da entrada, você ainda terá que desembolsar valor da documentação (veja pergunta 10).

     8.  Como posso aproveitar meus investimentos na compra? 

Se você contribui há mais de três anos para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), pode empregar o total acumulado no pagamento da entrada ou do financiamento - e, como o FGTS costumar render menos que a inflação, vale usá-lo. Caderneta de Poupança ou ações também devem ser consideradas. Mas pense a longo prazo: "Vale a pena gastar todo o dinheiro na compra?", "Precisarei pagar a educação dos meus filhos no futuro?"

     9.  Ao adquirir um imóvel na planta, o banco aprova o crédito antes da entrega das chaves?

Enquanto a obra não termina, você paga à construtora a entrada e as parcelas. Um pouco antes da entrega do imóvel, já pode pedir financiamento. Isso significa que o banco quita sua dívida com a construtora e você passa a pagar a ele as prestações. Em alguns casos, o financiamento pode acontecer no momento da compra e você começa a pagar os juros sobre o imóvel em construção.

    10.  Consigo assumir gastos paralelos, como mudança, documentação e reforma?
Quem mora com os pais terá que mobiliar e equipar a casa nova. Quem paga aluguel pode reaproveitar os móveis, mas dificilmente escapara de comprar itens novos, além de banca a mudança. Se for um imóvel usado, talvez ele peça reforma; se for comprado na planta, vai demandar pintura, piso, marcenaria e iluminação. Em todos os casos, no ato da compra você ainda gastará 5% do valor do imóvel em documentação, que inclui o registro no cartório de imóveis e o imposto de Transmissão de Bens intervivos (ITBI).


Antes de procurar bancos e imobiliárias...

  • Entre no site dos bancos e faça uma simulação do financiamento.
  • Quando for à agência, leve: carteira de identidade, CPF, comprovante de renda, Certidão de nascimento (se casado certidão de casamento), comprovante de endereço recente e cópia da Última declaração de imposto de renda ou declaração de isento. 
  • Se for autónomo, use extratos bancários para comprovar sua renda - por isso é importante sempre depositar os valores recebidos!  A dica vale também para quem tem emprego formal e conta com uma fonte de renda informal, pois, quanto mais renda você comprovar, mais alto será o valor permitido para financiamento.
  • Marque entrevistas de aprovação de crédito em agência menores: o tempo de espera é bem mais curto!
  • Em eventos como o feirão Caixa da Casa Própria, muita gente assina um pré-contrato sem nem mesmo ter visitado a região do imóvel. Cuidado compras por impulso geralmente não dão certo.
  •  Quando for a imobiliárias, leve um mapa da cidade, assim você identifica na mesma hora os bairros e as ruas dos imóveis oferecidos.


Checklist da casa própria

Na planta

  • Cheque na prefeitura e no Cartório de Imóveis  se o empreendimento está regular.
  • Veja se a data de entrega da obra e os meses contemplados para atraso estão no contrato.
  • Guarde os folhetos do lançamento: ele pode ser útil no futuro, caso a empresa não cumpra o que vendeu.
  • Procure saber se haverá prédios na frente do seu, principalmente se a vista for um diferencial de venda.
  • Quando a obra acabar, leve o memorial descritivo e o material publicitário no dia da vistoria. Compare se o que esta sendo entregue bate com o prometido. 

Novos e usados 

  • Comece perguntando a idade do edifício ou da casa e, para saber sobre as instalações elétricas e hidráulica, indague a respeito de manutenções recentes. É recomendável levar um arquiteto ou engenheiro para avaliar o estado do imóvel.
  • Pense em morar perto dos locais aonde vai diariamente, como trabalho e a escola dos filhos. visite o endereço em dias e horários variados para não ser surpreendido por feiras que bloqueiam a rua ou por baladas barulhentas. Veja se as paredes barram a poluição sonora.
  • Leia atentamente o memorial descritivo, pois ele detalha materiais, métodos de construção e acabamentos. A linguagem é rebuscada, então não se envergonhe de pedir ajuda a um amigo arquiteto ou engenheiro. O memorial é encontrado no Cartório de Registro de Imóveis.
  •  Verifique no site do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) a qualidade dos materiais usados na obra: www4.cidades.gov.br/pbqp-h
  • Confira a elétrica. O número de tomadas é suficiente? se a resposta for negativa, você terá de quebrar paredes depois. Leve lâmpadas para se certificar de que os pontos de luz estão funcionando e teste as tomadas ( use um carregador de celular, por exemplo).
  •  Em imóveis antigos, veja se o quadro de luz tem disjuntores, mas seguros que os fusíveis.
  •  Repare se os tacos estão abaulados - isso indica madeira verde, que empenará ainda mais com o tempo.
  • Cheque o caimento das bancadas de cozinha e banheiro, jogando uma bolinha de gude. O certo é que ela vá em direção a cuba. Faça o mesmo para verificar o caimento no chão de ambientes com ralos.
  • Pisos quebradiços perto dos ralos indicam futuras infiltrações no contrapiso ou no vizinho de baixo.
  • Para saber se portas e janelas estão de fato barrando a entrada de água e vento, observe o piso: se estiver dilatado, levantado ou úmido, será preciso melhorar a vedação.
  • Procure furinhos e áreas fofas nas esquadrias de madeira, o que indica cupins e brocas. E cheque o funcionamento de maçanetas, fechaduras e dobradiças.
  • Abra as torneiras e veja se a primeira água sai marela. Isso significa que as tubulações estão enferrujadas e terão de ser substituídas.
  • Nos apartamentos usados, vale a pena bater um papo com o síndico sobre o valor do condomínio, as reclamações mais comuns dos moradores, o fundo de reserva para reformas caras, entre outros assuntos.


Dica minha casa Faça o download da planilha e controle suas finanças no computador! confira também o checklist completo da compra do imóvel no site www.casa.com.br/casa-propria.
 

     fonte: revistas minha casa - junho e julho /2010

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Viviane de Jesus

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